terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Uma vaquinha...

(Autor desconhecido)





“Um sábio passeava por uma floresta com seu fiel discípulo quando avistou ao longe um sítio de aparência humilde e resolveu fazer uma breve visita...

Durante o percurso ele falou ao aprendiz sobre a importância das visitas e as oportunidades de aprendizado que temos, também, com as pessoas que mal conhecemos.

Chegando ao sítio constatou a pobreza do lugar... Os moradores, um casal e três filhos, vestidos com roupas rasgadas e sujas... Então se aproximou do senhor que ali estava e perguntou:
- Neste lugar não há sinais de pontos de comércio e de trabalho; como o senhor e a sua família sobrevivem aqui?
E o senhor calmamente respondeu:
- Meu amigo, nós temos uma vaquinha que nos dá vários litros de leite todos os dias. Uma parte desse produto nós vendemos ou trocamos na cidade vizinha por outros gêneros de alimentos e a outra parte nós utilizamos em nosso consumo, também produzimos para nós um pouco de queijo e assim vamos sobrevivendo.

O sábio agradeceu a informação, contemplou o lugar por um momento, depois se despediu e foi embora. No meio do caminho, voltou-se para seu discípulo e ordenou:
- Aprendiz, pegue a vaquinha, leve-a ao precipício ali na frente e empurre-a, jogue-a lá embaixo.

O jovem arregalou os olhos espantado e questionou o mestre sobre o fato da vaquinha ser o único meio de sobrevivência  daquela família mas, como  percebeu o silêncio absoluto  do seu mestre, foi cumprir a ordem.

Assim, empurrou a vaquinha morro abaixo, e a viu morrer. Aquela cena ficou marcada na memória daquele jovem durante alguns anos e um belo dia ele resolveu voltar àquele lugar e contar tudo, pedir perdão e ajudá-los. E assim o fez.

Quando se aproximava do local  avistou um  sítio  muito  bonito, com árvores  floridas, todo murado, com  carro na  garagem e  algumas  crianças   brincando  no jardim.  Ficou triste e desesperado imaginando  que  aquela  humilde  família  tivera que  vender o sítio para  sobreviver.





Acelerou o passo e chegando lá, logo foi recebido por um caseiro muito simpático e perguntou sobre a  família que ali morava há uns quatro anos, no que o caseiro respondeu:
- Continuam morando aqui.
Espantado ele entrou correndo na casa; e viu que era mesmo a família que visitara antes com o mestre.
Elogiou o local e perguntou ao senhor (o dono da vaquinha):
- Como o senhor melhorou este sítio dessa forma que vejo?
E o senhor entusiasmado, respondeu:
- Nós  tínhamos uma  vaquinha, mas ela caiu no precipício e  morreu, daí em diante tivemos que fazer outras coisas e desenvolver  habilidades que nem sabíamos que tínhamos, assim alcançamos o sucesso que seus olhos vislumbram agora...”

Espero que este pequeno conto poético não nos incentive a sair por aí derrubando a “vaquinha” de ninguém no precipício... Porém, penso que poderá nos ajudar a não se apegar tanto à “nossa vaquinha”, e a não deixar de tentar encontrar as inúmeras potencialidades que existem dentro de cada um de nós.
Um abraço!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Para retornar à PÁGINA INICIAL [busca e visualização geral das outras publicações do blog] clique no título do blog ou na palavra INÍCIO abaixo.