quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Estimulação Cognitiva

As alterações cognitivas inerentes ao processo de envelhecimento afetam diretamente a memória, o pensamento abstrato e a capacidade criativa. Estas alterações podem ser retardadas, revertidas ou atenuadas mediante a adoção de uma rotina que integre a interação social diária e a realização de atividades instrumentais do cotidiano tais como, por exemplo, as atividades relacionadas a recebimentos e pagamentos de contas, a preparação de refeições, a utilização de meios de transporte de forma independente, uso de meios de comunicação como o telefone celular e a internet, e o cuidar de inventimentos financeiros.

Outro importante instrumento para a manutenção da saúde cognitiva durante o processo de envelhecimento é a estimulação cognitiva de maneira direta, através de exercícios cognitivos como palavras cruzadas, puzzles e quebra-cabeças simples, ordenação de sequências, jogo de memória, exercícios de escrita/leitura/cálculo, jogos sócio-recreativos como damas e dominó, frequencia a cursos como, p.ex., a Universidade Aberta da Terceira Idade e os jogos de raciocínio como os enigmas e o sudoku.

Estudos científicos têm apontado ainda que as atividades físicas também influenciam na prevenção das capacidades cognitivas, e sugerem que os indivíduos que adotam a prática de atividades físicas de forma regular estão menos proprensos a apresentarem declínio cognitivo.

Os Terapeutas Ocupacionais devem estar preparados para oferecer uma estimulação cognitiva adequada aos interesses de seu cliente, desenvolvendo junto a estes atividades variadas e significativas.

Dentre as diversas publicações nessa área, merece destaque especial o material desenvolvido pelas Terapeutas Ocupacionais Ana Katharina Leite e Ana Paula Mendes: "50 EXERCÍCIOS PARA ESTIMULAÇÃO COGNITIVA: O COTIDIANO EM EVIDÊNCIA".





Esta obra é uma compilação de exercícios cognitivos desenvolvidos  para estimulação e uso no tratamento de disfunções cognitivas em adultos e idosos. São exercícios com diferentes níveis de exigência cognitiva e, alguns deles, podem ser adaptadas aos clientes com baixa escolaridade, além de estimular os terapeutas ocupacionais a utilizarem o ambiente do cliente como ferramenta no processo de estimulação das funções cognitivas.

Para saber mais:

Site:
(www) reabilitacaocognitiva.org

Artigos
TAVARES, L. Programas de estimulação em idosos institucionalizados: efeitos da prática de atividades cognitivas e atividades físicas. Revista Digital, Ano 13, n.129, fev.2009.
SOUZA, JN; CHAVES, EC. O efeito do exercício de estimulação da memória em idosos saudáveis. Rev Esc Enferm USP, v.1, n.39, p.13-19, 2005.